

REFLEXÃO SEMANAL
Em tempo de pandemia (Covid 19) a privação religiosa é a solução?
Sem dúvida alguma nós cristãos vivemos uma situação atípica, ímpar, jamais imaginada, por causa do Covid 19, por força de lei e por determinações de decretos estaduais, municipais, etc., com anuência do STF (Supremo Tribunal Federal) o nosso direito constitucional de liberdade religiosa e de reunião coletiva cúltica, nos foi retirada, cerceada. Decretos e leis de instâncias inferiores, passaram por cima da Constituição Federal, ou seja, instância superior. O artigo 5º da Constituição de 1988 estabeleceu textualmente que “inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantia, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias”. Eu particularmente entendo a preocupação e o cuidado que os governantes precisam ter diante da situação caótica à qual estamos vivendo, não sou a favor de reuniões com um número excessivo de pessoas, sem a utilização de máscaras de proteção, sem manter uma distância mínima de segurança entre as pessoas, sem condições de higienizar as mãos com álcool 70% etc. Também sou favorável que pessoas idosas, com problemas de saúde, grupo de risco, continuem em suas casas por enquanto, é uma necessidade. Sei que algumas querem estar conosco, participar da Ceia do Senhor. Outros que a Ceia lhe seja entregue em casa, mas esse é um risco que o pastor não pode e nem deve correr, tanto de ser receptor como transmissor do COVID 19, a si, seus familiares ou seu rebanho, ninguém vai para o céu ou inferno por ficar algumas meses sem participar da Ceia do Senhor, lembre-se que esses sacramentos são simbólicos, quando possível devem ser realizados, quando não, esperados. Sou contra a segregação, a ditadura, o cerceamento de nossa liberdade cúltica, quando outros setores de nossa sociedade, comércio, instituições financeiras, etc., podem exercer suas funções mesmo com algumas restrições e necessários cuidados. Nós igreja também poderíamos nos reunir, tomando os necessários cuidados e respeitando necessárias restrições, mas muitas pessoas, em especial àquelas que decidem e deliberam tais decretos, não veem as coisas como nós cristãos vemos. 1Cor 2:14, “Ora, o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque lhe são loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente”. Não concordo com essas leis, mas temos que cumpri-las, mas que diante disso e de muito mais que vem ocorrendo, que não nos esqueçamos desses governantes e de suas atitudes face aos problemas que vivenciamos. Lembre-se bem dessas pessoas e de suas atitudes em especial nas eleições que se aproximam, que Deus tenha misericórdia, de nós e de sua igreja nesse momento tão difícil, de perseguição de indiferença e muito mais. (Rev. Lincoln A. Bueno Durães).